Abissais
Seus olhos, água
Se não me olham
Eu mar revolto
Seu navio voador
Singrou medusas
Meu Deus, até aqui,
que temo?
Do seu singrar, em
minha praia
Rebentam ondas
Calmaria estranha,
agora
Deus ex-machina em um
navio voador
Passou por mim, na água
viva
Carne, sal, sim
De que me fazes?
Do que me sou?
Logo ali, emerjo humana
Sem cais nem porto
Em um seguro mar
revolto
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