sábado, dezembro 02, 2006

Ultramares


Incauta,
O sabor do sal
Expele pelas tuas lágrimas
E alimenta o meu suor.
No fundo do céu
Já vão as horas
desta tua euforia
Etérea Oh, ilusão
Pare o teu espírito de Musa
Voraz harpia
E brada aos ventos qu'eu te amei

Incauta,
Sorve a gota
Do meu sêmen impuro
O meu veneno prestimoso deixado
às baratas Oh, água
Narciso brota do teu cristalino
Chora agora, Incauta
Dá a cara aos tapas da tua insensatez
E vinga, ingênua,
Em ti o sonho
De saber-te nua inteiramente
Tua em frangalhos de existência

E chora agora, divina Incauta
Pois desponta o tempo
Em que renascerás, enfim,
Insana e douta.

5 Comments:

Blogger ipaco said...

Que coisa forte, Sô!

6:56 PM  
Blogger ips said...

adoro rasgar a carne, pt's.

2:45 PM  
Blogger ipaco said...

vc está escrevendo como gente grande... belíssimos versos!

1:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

Sô, feliz 2007! Aproveito para avisar o novo endereço do Pindorama (o velho deu pau):

http://ipaco5.blogspot.com

além, é claro das mariposas, onde estão os textos mais literários:

http://pthiago.blogspot.com

1:55 PM  
Blogger Plebe Rude e Ignara said...

bela poesia...


"post que os leitores virão"
meus blogs:
opinião
www.pleberudeeignara.blogspot.com
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www.condominiopaulista.blogspot.com
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1:33 AM  

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