quinta-feira, janeiro 26, 2006

Images de l'Inconscient

Para nós, loucos, a hora
é ESSA !

à Carlos Pertuis, Raphael, Emydgio de Barros, Adelina Gomes, Fernando Diniz, Octávio Ignácio e Arthur Bispo do Rosário.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Oloroscopia

Acontece que os universais, se existem, não se mostram simultaneamente. E nem adianta ir buscá-los, pois, se eles existem, manifestam-se para o ser disponível. Problema lógico: universal, então, é algo não simultâneo. É algo que se manifesta quando não se busca. O universal seria, então, uma revelação? Se há algo que sabemos desde quando nascemos - mas é sempre bom lembrar - é que morremos. Há fatos universais e interpretações particulares. Para uns, não se morre: vira-se purpurina. Ou, a vida, é ela mesma um estado da morte.

O que faz um universal? O amor? Estive pensando hoje mesmo, muito compenetrada, que às vezes me perdia do amor. Esta perda se dá quando tenho consciência do ego e quero (coisas e gentes) pra "mim". Por outro lado, quando tenho profunda consciência do ego, sou capaz de amar, y compris moi même! Esta profunda consciência do ego é a mais pura auto-indulgência. É saber-se vulnerável e saber que não sabemos o quanto. "Não saber de si é viver. Saber mal de si é pensar. Saber de si é ter a consciência dessa mônada íntima chamada alma". (Fernando Pessoa).

O universal não está dando pinta de se fazer aparecer pelo saber. E nem dando sopa no trottoir do tempo. Sendo assim, o universal não tem também um lugar para ser. Ora ora, quem ele pensa que é?

Finalmente, cadê o universal? Certamente ele não se encontra na bolsa de valores. O universal não é visto através das janelas do batiment convencional. O universal se revela, quando menos se espera. Não se vende, não se produz, não se joga, não se compra, não se diz, não se vê, não se toca. O universal parece mais uma negação. Assim como o Brasil. O universal se manifesta sem peso, sem cor, sem odor quando não nos damos conta de que somos simplesmente sublimes como um tucano.