Da lógica dos sonhos
Vamos então imitar a vida e começar pelo sonho:
Uma mulher desesperada, insana - fora de si! - estava à minha cata. Detrás da cortina eu a via na rua. Eu morria de medo, e detrás da cortina eu via a mulher nua na rua gritando - gritava muito –, me procurando, virando a cabeça, procurando. E chorava, soluçando. Eu morria de medo. Eu morria de medo da loucura. Sei lá qual era o sentimento que a movia contra mim.
(..."talvez apenas para mim"...)
Eu morria de medo.
No banho, horas depois: há diferença entre contra e para. Uma preposição é uma pré-posição. C'est-à-dire: faz toda a diferença.
Resumo da história:
a mulher louca me procurava – problema dela.
Moral da ópera:
só representa perigoso aquilo que tememos – problema meu!